Câncer de próstata: vamos falar sobre isso? – por: Dr. Renato Muglia

Câncer de próstata: vamos falar sobre isso? - por: Dr. Renato Muglia

O câncer de próstata é o tipo mais comum entre os homens aqui no Brasil, perdendo apenas para o de pele. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), a estimativa é que neste biênio 2018-2019 sejam diagnosticados cerca de 68 mil casos/ano aqui no país. Embora seja um número expressivo, a chance de cura é muito grande quando ele é diagnosticado no início, chegando a faixa de 90 a 95%.

 

Em relação aos sintomas, o câncer de próstata não apresenta sintomas expressivos em sua fase inicial. Por isso, o exame de rotina é muito importante. Conforme a Sociedade Brasileira de Urologia vem mostrando ao longo dos anos, essa prevenção é relativamente simples. Ela deve começar a partir dos 45-50 anos e consiste em fazer anualmente o toque renal, que é rápido e dura por volta de 30 segundos.

 

Outro exame de rotina é o PSA (Antígeno Prostático Específico), feito por meio da coleta de sangue em laboratório. Atualmente, a sua importância é questionada por algumas instituições ao redor do mundo, que não viram diferença na taxa de mortalidade com a realização do exame. Vale ressaltar aqui que essa visão não é a da Sociedade, que ainda vê importância no resultado. Caso o médico perceba alguma alteração, ele pode pedir mais alguns exames complementares, como a ressonância magnética multiparamétrica de próstata e a biópsia.

 

Em relação ao diagnóstico em pessoas mais velhas, as estatísticas mostram que cerca de 80% dos homens acima de 84 anos serão diagnosticados com a doença. Mas a grande diferença é que a maioria absoluta terá “lesões indolentes”, ou seja, não causarão mortalidades.

 

Aqui no Brasil, já existe a opção de cirurgia robótica. Esse novo procedimento possibilita ao cirurgião uma visão como ele não tinha antes, pois a câmera aumenta em torno de 16x a visão e transmite a imagem em formato tridimensional, além do robô conta com três braços, que podem girar 360°. Entre os benefícios dessa opção, estão o encurtamento do tempo de cirurgia, maior precisão do corte e a diminuição da incontinência, queixa bastante comum feita pelos homens que passam por alguma intervenção na próstata.

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