Adenomiose x Endometriose: qual a diferença? – por: Dra. Fatima Oladejo

Adenomiose x Endometriose: qual a diferença?  - por: Dra. Fatima Oladejo

Março é o mês da consciência da endometriose e, atualmente, muitos hospitais e ambulatórios estão em espera. Consultas de rotina e cirurgias eletivas estão sendo pausadas em muitos locais e por um período incerto devido ao atual cenário da pandemia de COVID-19.

 

Muitas vezes perguntam sobre a adenomiose e por que pouca gente fala sobre isso. Para ser honesta, não entendo o porquê disso, já que ela afeta de forma semelhante pelo menos 1 em cada 10 pessoas com útero e tem sintomas semelhantes ao da endometriose. Frequentemente, há muita confusão entre as duas condições, então vou tentar explicar a diferença nesse texto.

 

A adenomiose ocorre quando o tecido que normalmente reveste o útero por dentro cresce na parede muscular uterina. Esse tecido deslocado continua a agir normalmente durante cada ciclo menstrual. Com isso, a mulher sente cólicas fortes ou dor pélvica aguda durante a menstruação, além de um sangramento intenso e prolongado.

 

Já na endometriose, o tecido que reveste o útero (endométrio), cresce para fora do órgão. Os fragmentos vão parar no ovário, nas trompas e até em regiões vizinhas. Mesmo deslocado, o tecido excedente é estimulado a crescer e, na hora da menstruação, descama junto com o endométrio original. Entre os sintomas, estão as cólicas fortes, principalmente durante o período menstrual, e o sangramento intenso. Além disso, a doença pode causar infertilidade em alguns casos.

 

Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a endometriose afeta cerca de 10% da população feminina brasileira, sendo mais frequente entre mulheres de 25 a 35 anos de idade. Somente em 2019, mais de 11 mil brasileiras precisaram de internação por causa da doença.

 

Como são patologias diferentes, é possível ser diagnosticado com as duas doenças. Tanto no tratamento da endometriose como da adenomiose, o ginecologista deverá avaliar a gravidade dos sintomas e anseios da mulher na sugestão dos possíveis tratamentos.

 

A Dra. Fátima Oladejo atende no Bella toda quarta-feira. Para marcar uma consulta ou tirar dúvidas, entre em contato pelos telefones 2530-4779/2537-8980/99140-7211.

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